A quebra de sigilo de comunidades criminosas no Orkut, deferida nesta quarta-feira (30) pelo juiz José Marcos Lunardelli, representou o ponto alto de uma batalha entre a empresa e o Ministério Público Federal. Cabe recurso ainda da decisão --multa diária de R$ 50 mil para cada ordem judicial descumprida--, mas a advogada especialista em direito digital Patricia Peck afirma que se o Google tomar a decisão de recorrer pode ter sua imagem prejudicada.
“Os responsáveis pelo Orkut devem atender às ordens, pois a demora causada por um recurso aumentaria a antipatia da Justiça em relação à empresa”, afirmou Patricia. “Um recurso pode prolongar este processo por até dois anos, arranhando a imagem da organização”, completou.
Esta situação poderia trazer conseqüências financeiras para a filial brasileira do Google, que se instalou no Brasil para fortalecer suas transações comerciais. “Não há como evitar a associação entre marcas, pois as pessoas sabem que o Orkut é do Google”, disse a advogada.
Na visão de Patricia, o Google deveria evitar este tipo de “queda de braço” com a justiça, que é um processo desgastante para a empresa. “Uma das alternativas seria a exigência da identificação verdadeira dos usuários. Hoje o anonimato, uma das características que contribuiu para a explosão da internet, passou a funcionar como o calcanhar de Aquiles dela, afirmou ela.
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